Ao sair para quaisquer diligências, fazia minhas preces a Deus, pedindo
a Ele que aquela ocorrência fosse bem-sucedida, que não fosse preciso derramar
o sangue de ninguém.
Eu quando estava na ativa, sempre procurava dialogar com o
infrator e só levava o mesmo para a cadeia, se o mesmo não aceitasse ir pra casa.
Certa vez estava policiando um festa de emancipação política e o prefeito estava em uma grande
mesma ao ar livre, com vários políticos da cidade e da região, aí um bêbado
passou a perturbar os presentes na mesa, o prefeito manda me chamar para prender aquele
indivíduo, como se tratava de uma pessoa conhecida, mandei que o mesmo fosse
para outro local da festa e não mais retornasse para a mesa do prefeito; não
deu dez minutos e prefeito manda me chamar para novamente prender aquela
pessoa, desta vez mandei que o mesmo se retirasse da festa; pouco tempo depois
o prefeito me manda chamar para prender o perturbador e disse-me: Jota será
preciso que tenha que ir prender esse indivíduo, daí tive que o prendê-lo
e ao terminar a festa o liberei, porém,
seus irmãos ficaram com raiva de mim.
Muitos dos policiais que trabalhavam comigo não gostava do meu modo de trabalhar e alguns deles me dizia: o senhor não era para ser policial e sim padre e muito deles me incentiva a bater nas pessoas detidas, porém, nunca batei em ninguém, nunca derramei o sangue do meu próximo.
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