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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

MINHA PRIMEIRA MAIOR PROVA NA EXISTÊNCIA DE DEUS

 



No dia 15 de abril de 1974  eu residia numa pequena casinha de taipa no sítio Picada I, no município de Mossoró, juntamente com meu irmão Francisco Inácio. Naquele ano registrou-se  a maior enchente de todos os tempos no rio Mossoró. Nossa casa ficava situada no ponto mais alto do que as outras nas adjacências, daí, nossos vizinhos aos terem suas casas invadidas pelas águas, procuraram abrigos em residências de parentes localizadas nos altos, enquanto, nos dois, sem ter pra onde ir, tivemos que permanecer ilhado, na nossa frente, era o rio Mossoró, por traz ficava um riacho. No dia 12 de abril daquele ano as águas estavam uns 10 metros de alcançar a nossa casa; no dia seguinte  ela chegou no batente, isso por volta das 18 horas. Já não existia mais comida. Lembro muito bem que somente disponhamos de um pouco de farinha. Naquela noite comemos farinha com sal e somos dormir na esperança das águas começarem a baixar. Por vota da meia noite ao levantar-se da rede para urinar, ao pisar no chão meus pés deparou-se com água. Alteamos nossas redes e retornamos a dormir. Pela manhã a água já estava acima dos joelhos. Colocamos umas estacas na cumeeira da casa e ficamos lá em cima. Sem alimentação e sem ter pra onde ir, primeiro porque Francisco não sabia nadar e outra, não tinha para onde ir. Nossa vó morava em Mossoró e a RN 117 havia sido levado pelas forças das águas, mas precisamente na altura da ponte, próxima ao contorno. Eu poderia muito bem sair nadando, porém, Francisco ficaria sozinho, daí  a única esperança era ver o rio baixar, mas acontecia o contrário, aumentavam rapidamente. Colocamos nossas poucas coisas no ponto mais altos  e ficamos trepados. Já era quase 17 horas e sem comer e no interior da casa já estava há mais de metros. Deus vendo a nossa triste situação mandou um anjo a nossa procura. Esse anjo foi à pessoa de ANTONIO VICTOR DANTAS           que pela força do destino foi visitar as águas e de longe avistou nos dois lá em cima da casa. Ele foi “in-loco” e colocou Francisco em cima de um cavalete e o atravessou o riacho e levou nos dois para sua residência. Lá já estava Ana que o mesmo havia adotado desde quando minha mãe faleceu, no dia 11 de janeiro de 1971. Com um mês depois as águas baixaram, porém, levou nossa pobre casinha com o pouco de nossas coisas. Ela ficou totalmente submersa. Nosso pai havia casado novamente e eu e Francisco não queríamos ir morar com nossa madrasta, daí fui residir com Genésio Alves e dona Maria, isso se deu no dia 17 de maio de 1974, enquanto meu mano foi morar com outra pessoa, daí apartamos e ficamos muito tempo sem ver um ao outro.

Portanto, seu Victor, que faleceu com mais de 100  anos tem tudo a ver com nossas vidas, eu, Francisco e Ana e com certeza daqui a muito tempo, tendo em vista que ele vai ultrapassar os 100 anos vai ser um santo, não feito pela igreja católica e sim, designado por DEUS

ANTONIO VITOS DANTAS, natural de Mossoró, nascido a 4 de junho de 1912, filho de  Manuel Cândido Dantas e Josefa Cândido, casado com FRANCISCA DANTAS DA SILVA, natural de Mossoró, nascida a  23 de junho de 1920, filha de Antonia Cabrinha Dantas e Josefa da Conceição

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